Interlúdio #1 - O Ego do Mister M
Quando comecei esse blog, eu sinceramente não sabia ao certo o que eu queria fazer. A ideia de resumir minhas ideias em posts é que sempre foi muito atrativa, então meio que sempre quis ter um blog. E a vontade aumentou muito depois de muitas conversas e trocas de reviews com uma certa pessoa do MyAnimeList (M.G., caso esteja lendo isso, aquele abraço!). Mas, ainda assim, não sabia exatamente o que deveria escrever ou quem eu queria tentar alcançar. Então decidi apenas criar o blog para escrever coisas que não se encontrariam em qualquer outro lugar da internet, e ser lido apenas pelos meus amigos e um ou outro desconhecido que caísse aqui de paraquedas. E, bem... não demorou muito pra toda essa humildade se tornar uma simples fachada. Infelizmente não é assim que o ego funciona. Ao menos, o meu ego não funciona assim. Sabe, escrever não é algo fácil. Além disso, eu realmente amo fazer com que meus posts fiquem visualmente os mais bonito possível. Por isso, em algum momento, comecei a querer ser lido por cada vez mais pessoas. Não pessoas aleatórias, e sim pessoas que têm, ou podem querer ler o que eu escrevo.
Essas duas ideias que eu tinha inicialmente, não chegam nem perto de ser algo que dê pra chamar de "proposta do blog". Estive muito tempo assim, sem saber exatamente o que queria fazer. E hoje, dia 13 de julho, é o aniversário de um ano do Animelancolia. Veja você, se passou um ano e... eu ainda não sei exatamente o que eu quero fazer nesse blog. No entanto, eu sinto que o real objetivo desse blog está sendo construído cada vez que escrevo um novo texto. E penso que seja algo muito mais subjetivo do que explícito. Então, certamente nunca terei uma palavra ou definição para o que quer que seja a proposta do blog, mas com certeza ela está por ai, espalhada em várias frases, imagens, cores e experimentalismos. Por isso, pra marcar o primeiro aniversário do blog, quero estrear uma nova série para esse filho recém-nascido que eu chamo de Animelancolia.
A série, assim como está escrito no título do post, se chamará "Interlúdio". Basicamente serão textos com temáticas mais abrangentes do que os que geralmente escrevo. E se chama "Interlúdio" porque são textos que irei escrever beeeeem lentamente, através de anotações de ideias em blocos de notas e conversas com algumas pessoas interessantes que conheci nessa vida na internet. Também vão rolar algumas parcerias, ou assim espero. Escreverei lentamente justamente pra não atrapalhar os outros posts que quero escrever. Interlúdio, significa composição instrumental com a função de separar as partes musicais, litúrgicas ou cênicas. Na radiofonia significa, trecho musical que marca o início e o fim de comerciais apresentados nos intervalos de um programa. Ou seja, ambos os significados refletem o intervalo de um segmento. Pra apresentar a série, e de quebra fazer algo especial pro aniversário do blog, nesse primeiro Interlúdio, irei revelar as ideias e o desenvolvimento por trás de alguns dos posts que escrevi até o momento. Continue lendo, você verá que será interessante, mesmo sendo um post do meu blog, sobre os posts do meu blog. Você pode pensar nisso como metalinguagem, uma exposição de ideias, ou uma ode ao egocentrismo. Nenhuma das três está errada.
Como esperado, o meu primeiro post já foi justamente o contrário do que eu queria fazer no blog. Desde o começo queria fazer coisas que não se encontraria em outros lugares, mas, o primeiro post do blog, Coletânea de Frases: Shoujo Shuumatsu Ryoukou, é algo que já foi feito em vários outros sites. Inclusive, sobre SSR tem várias compilações de frases por ai. Então, admito que esse não é realmente algo muito único. Ainda assim, tem uma sementinha que talvez tenha sido plantada nesse post: a vontade de querer deixar os posts com uma identidade visual individual. Nesse post, além das frases marcantes, eu usei imagens dos personagens com alguma citação aleatória engraçada, e que, de certa forma, define bem cada personagem:
No AMV com GIF - Um Girassol da Cor do Seu Cabelo feat. Tsumugi Kotobuki, usei uma ideia que tive antes da criação do blog. Sempre gostei de AMV, mas acho que fazer usando gif deixou tudo tão mais conceitual. Enfim, como a ideia surgiu e tudo mais, tá explicado nesse post, então não irei me repetir. Mas, devo dizer que até hoje não sei ao certo o quão original é essa ideia. Posso garantir que pensei nisso sem nunca ter visto nada semelhante em canto nenhum. Só que as ideias estão no chão (como diz a música dos Titãs). O fato de eu ter tido essa ideia, não garante que ninguém nunca tenha pensado a mesma coisa antes, ou venha a pensar depois. E, de fato, se você digitar "amv com gif", ou "amv with gif" no Google, não vai aparecer absolutamente nada que seja sequer parecido com isso que eu faço. Então, até que me provem o contrário, eu sou a primeira e única pessoa no mundo que teve tal brilhante ideia. Embora, admito que é inesperado se ninguém realmente nunca pensou nisso antes. Quero dizer, foi uma ideia realmente simples. Essa série do blog é disparadamente a que tenho mais ideias de coisas pra fazer. Já devo ter pensado em pelo menos uns 20 clipes diferentes, todos bem conceituais. Não lanço tantos, por ser um tipo de post relativamente mais fácil, e por isso quero guardá-los pra quando a falta de criatividade bater na porta da minha casa de ideias. Dos que escrevi até agora, eu realmente amo muito o que fiz para Clannad. Devo ter chorado umas 8 vezes enquanto fazia aquele post.
O post Oshino Shinobu X Alucard eu lancei porque ele já tinha sido escrito muito tempo atrás. Eu realmente gosto dele, mas sei que ele é o post que tem menos a ver com o Animelancolia. Ele não é nada original (Ei, Nerd já faz batalha de crossover tem tempo), e também não tem algo que o defira de qualquer outro, então acho que não quero comentá-lo. Exceto, pelo fato de que, foi nele que tive a ideia de fazer uma piadinha ao fim do post, na parte em que coloco links relacionado, recomendações de posts, o Twitter do blog e quem escreveu o post (eu):
Em algum momento da minha vida, a dublagem dos animes começou a se tornar algo especialmente importante pra mim. Passado não muito tempo depois disso, esse tópico passou a se tornar praticamente uma obsessão. Não foi apenas por causa dela, mas sem dúvidas Kana Hanazawa foi a maior responsável por ela (a obsessão). De alguém que eu gostava da atuação, ela passou a ser facilmente a artista que eu mais admiro em todo o mundo (talvez seja até o ser humano que mais admiro em todo o mundo). Teve uma vez, quando eu já tinha o blog, em que ela e a Chica Umino fizeram uma campanha muito legal recomendando que as pessoas se cuidassem durante a pandemia. Começou com um desenho da Chica-sensei, e depois diversas pessoas foram voluntariamente incrementando esse desenho. O transformando em um cartaz, que Kana, também voluntariamente cedeu sua voz e o transformou em um vídeo. Esse ação toda foi tão natural e linda que me emocionou profundamente. Eu só conseguia pensar em como é legal ser fã. Foi nesse dia que decidi que algumas vezes iria fazer o resumo do mês de Kana Hanazawa. É algo que só vai atrair um pequeno público que realmente ama dublagem. Mas, ainda assim, é uma das coisas que mais gosto de escrever. Entre tudo que escrevo no blog, essa sessão é efetivamente a que mais faço para mim mesmo, para saciar meu fanatismo. Foi assim que nasceu a série O Mês de Kana Hanazawa. Aproveitarei esse espaço para anunciar que, em breve, finalmente começarei a escrever sobre dublagem. É algo que tenho muita vontade de fazer, mas ainda não tinha conseguido o tempo necessário. Pra ser sincero, meus dedos chegam a tremer só de pensar em começar a escrever as coisas que quero dizer sobre a dublagem japonesa. Por mim, eu passaria o dia inteiro só falando sobre dubladores.
A verdade é, esse blog está fazendo um ano, mas foi só em dezembro do ano passado, no post Interpretações & Significados na Opening de Yagate Kimi ni Naru, que eu realmente decidi que iria me dedicar ao blog. Esse foi um texto que sempre quis escrever, mas nunca o fiz por não surgir a oportunidade. Ou seja, por não ter ninguém para ler, caso eu o escrevesse. E não é apenas esse. Tem muita coisa que eu quero fazer que estão há anos nesse limbo justamente por não surgir a oportunidade deles aparecerem. E o blog é o lugar perfeito para essas ideias aflorarem. Então, por eu ter julgado que esse texto de YagaKimi era realmente poderoso, decidi que, além de deixá-lo muito lindo, também iria fazer uma boa divulgação. Coisa que deu surpreendentemente certo. É o segundo post mais visto do site, tendo algumas centenas de visualizações, o que é um número infinitamente maior do que eu achei que poderia alcançar. O feedback super positivo que recebi desse post foi extremamente motivador pra querer escrever mais. Foi ai que eu percebi que quero que esse blog alcance o máximo de pessoas possível. Sei que o Animelancolia nunca será muito popular, dado o tipo de obra que geralmente escrevo, mas penso que existem muitos públicos que posso alcançar. Por isso, esse post de YagaKimi é um divisor de águas, pra mim. Eu muito me orgulho de o ter escrito. Sem dúvidas é um dos, se não o melhor post que escrevi até agora. E foi justamente por causa dele que eu confirmei que amo deixar os posts bonitos. Se você nunca o leu, dê pelo menos uma olhada, pra você ver que coisa linda que é esse post, falando em termos visuais mesmo.
Pouco tempo depois, veio o post com mais pageview do blog, a minha homenagem à Kana Hanazawa, A Importância da Relação Entre Kana Hanazawa e a China. Eu adoro esse post por ser feito pra minha musa, mas também pelo fato de que, esse post só poderia ter sido escrito por dois tipos de pessoas: um jornalista muito competente ou um fã muito dedicado. É um dos textos mais completos que já escrevi, e ainda assim, foi um dos mais fáceis de escrever. Acompanho a carreira dela o máximo de perto possível desde 2017. Portanto, tudo que reportei ali, eu já sabia há muito tempo. Esse post foi um dos que me fez perceber que, além da vontade de escrever, eu também tenho a necessidade de conversar sobre escrever (assim como estou fazendo agora). Muitas vezes eu forço um pouco o assunto pra poder falar sobre isso com meus amigos. Mas, como geralmente são pessoas que estão mais interessadas no conteúdo do que na estrutura e conceitos do post, eu só posso ir até um certo ponto antes de me tornar inconveniente. Felizmente, tive e venho mantendo contato com alguns outros produtores de conteúdo. Conheci o Gabriel (canal Nerd Tab) e o Henrique (blog Casa dos Reviewers). Também cheguei a conversar um pouco com a Paloma (Portal Chimichangas) e o Diego (É Só Um Desenho). Conversar sobre isso tem grande importância pra mim.
Imagino que poucas pessoas perceberam, mas, principalmente a partir desse post do aniversário de Kana Hanazawa, os texto começaram a ter muitos easter eggs. Já no supracitado post, existem dois easter eggs. O primeiro é nessa parte onde comento os riscos da exposição a fama, citando um caso da Ai Kayano:
A expressão "flores e amores" foi uma referências escondida aos nomes das dubladoras. O sobrenome de Kana Hanazawa tem o kanji "hana" (花), que significa "flor" em japonês, e o nome de Ai Kayano tem o kanji de "ai" (愛), que significa "amor" em japonês.
O segundo "easter egg" (esse eu não sei se realmente dá pra chamar de easter egg) está já no próximo parágrafo onde apareceu o "flores e amores". É esse daqui:
O "vamos lá" supostamente é uma referência à Futaba Ooki, personagem de Kayanon em Amanchuu. "Let's-a-go" é um bordão que aparece bastante no anime.
Outro post que também é um divisor de águas, e que me fez perceber algo que quero fazer com constância no blog, é o Minha Experiência Lésbica com a Solidão, por Kabi Nagata. Esse é um texto muito denso e pesado, e isso me fez pensar que talvez fosse possível mexer com a cognição dos leitores, sem eles perceberem o que eu fiz. Algo meio subconsciente. A primeira coisa que fiz, foi deixar o texto completamente limpo de imagens (com exceção da capa, é claro). E a outra coisa foi que resolvi fazer experimentalismo com cores. Tentei fazer de uma forma imperceptível, mas se você olhar o texto, vai perceber que o tom cor-de-rosa (usei esse tom pra fingir que era por causa do mangá, que tem muito uso da cor rosa) vai ficando cada vez mais vivo, até se tornar roxo. Segue dois prints, do começo e do fim do post:
Entre as pessoas que perguntei, nenhuma tinha notado essa progressão gradual na vivacidade das cores. Então vou considerar que foi um grande acerto. Se mexe ou não com a cognição das pessoas, ai eu já não sei. Mas eu também tentei o contrário, começar o texto com um tom vibrante e ir ficando opaco ao longo da leitura. Quando eu li assim, percebi que não poderia postar. A cor ficando mais fraca dava uma sensação muito desagradável. Influenciava até no conteúdo do texto, fazendo-o parecer ser mais triste do que ele realmente é. Portanto, pela minha própria experiência, acho que posso afirmar que dá pra mexer com as sensações das pessoas. Finalmente encontrei algo que me dá vantagem em relação à produção de conteúdo por vídeo (que tem vantagens como trilha sonora, imagens em movimento, não requerer a atenção da leitura, etc.). Ter algo que só pode ser feito por textos de blog ou site, também é algo que me motiva. Nesse post da Kabi Nagata, realmente a melhor escolha foi usar o tom de rosa ficando cada vez mais vivo. O mangá é sobre depressão, mas também é sobre superação.
Quando 5-toubun no Hanayome ∬ foi ao ar, eu devo ter virado uma pessoa muito chata. Quero dizer, mais chato do que eu já sou normalmente. Foi uma temporada repleta de animes que amo, e ainda assim, eu só queria falar sobre 5-toubun. Infelizmente, nenhuma pessoa que eu conheço estava assistindo ao anime. A maioria por causa da primeira temporada, e outros por puro preconceito contra animes harém. Mesmo sem ter ninguém pra conversar, eu falei sobre 5-toubun em todo lugar possível. Obviamente iria ter posts sobre 5-toubun no meu blog. O primeiro foi 5-toubun no Hanayome ∬ - Arco: Sete Despedidas. Post onde, por sinal, descobri uma atividade muito divertida, que é, falar sobre comédia romântica e ignorar a comédia e o romance. O segundo post, ao qual quero comentar os detalhes aqui, foi Todo o Desenvolvimento Narrativo de 5-toubun no Hanayome ∬. Esse é um tema que as pessoas debatem muito na internet, mas que, estranhamente, não achei mais nenhum outro blog falando sobre o tema. Esse post, que já é grande por natureza (31:51 de leitura), eu resolvi deixá-lo absolutamente lindo, aplicar várias ideias e enchê-lo de referências.
Já aplico minha primeira ideia logo no começo do texto. Eu fui catar por ai algumas coisas que eu mesmo disse sobre 5-toubun, arquétipos e haréns. Então novamente apliquei esse efeito com as cores, como se as coisas que eu pensava antes estivessem se desfazendo depois de ter assistido a segunda temporada de 5-toubun. E isso realmente aconteceu. O anime mudou muitas opiniões que eu tinha, ou pelo menos me mostrou que, mesmo as ideias formadas podem ser mudadas.
Outra coisa diferente nesse post, é que ele tem 3 introduções. E bem, fazer introdução é uma das coisas que tenho mais dificuldade ao escrever. No fim, independente da dificuldade, eu acho que cada post tem que ser como é. Se a estrutura individual do post me obriga a fazer 3 introduções, então façamos 3 introduções.
Nesse post eu comentei individualmente sobre o desenvolvimento e a caracterização de cada um dos 6 protagonistas. Então resolvi dividir o texto em vários textos menores, com direito a título e introdução para cada personagem. Pra deixar o post extremamente bonito e bem organizado, comentei sobre os personagens a partir da ordem em que as quíntuplas nasceram, começando pela Ichika e terminando na Itsuki. Para o título de cada uma delas, eu usei a cor que a representa. Além disso, cada título é uma referência ao título de outra coisa. Alguns são meios difíceis de saber, então vou revelar todos agora:
Referência ao filme Morning Has Broken (2014) ou a canção do Cat Stevens. Aliás, quero acrescentar que, pensando sobre a Ichika tanto depois do anime ter acabado, eu acho que a caracterização dela foi espetacular.
Referência ao clássico filme Um Peixe Chamado Wanda (1988). Usei a palavra "trem" porque a Ichika por duas vezes compara o comportamento da Nino com uma locomotiva que perdeu os freios.
Referência ao filme Toki wo Kakeru Shoujo (2006). Embora, eu na verdade referenciei o título americano da obra: The Girl Who Leapt Through Time. Bem, é bastante sutil o motivo de eu ter usado essa referência, mas uma das coisas foi o print acima, que parece um pouco com a capa de Toki wo Kakeru Shoujo.
Referência ao mangá Yotsuba to! (kiyohiko Azuma). Precisa explicar?
Referência ao anime original Tsuki ga Kirei (2017). O título original significa "A Lua é Linda", que eu prontamente mudei para "A Itsuki é Linda". Eu gostei muito desse novo design dos personagens. E a Itsuki, particularmente, acho que ele ficou muito mais bonita do que com aquele character design antigo.
Referência ao filme Cartas para Julieta (2010).
Referência ao próprio 5-toubun no Hanayome ∬ (2021). É o parágrafo que finaliza o texto. No título eu usei as 5 cores que representam as personagens, na ordem respectiva em que elas aparecem na imagem. Como a Nino está exatamente no meio, eu usei o roxo dela pra conectar as 3 palavras do título. Ainda sobre esse imagem, tem algo que só percebi depois, enquanto relia o texto. Essa imagem final está diretamente conectada à capa do post:
Na capa elas aparecem separadas, enquanto todas olham para o pássaro que representa o Fuutarou. Na última imagem elas aparecem todas juntinhas. De certa forma, isso representa o desenvolvimento da relação delas. Outro detalhe é que, na imagem acima, a Nino tá com o cabelo muito comprido e fazendo uma "pose tsundere", enquanto na imagem final ela já está com o cabelo curto, e mantem um semblante muito calmo. A mudança no corte de cabelo foi um marco muito importante no desenvolvimento da personagem.
No primeiro post sobre Tamayura, Memórias Fotografadas de Tamayura, eu tentei usar uma experiência cognitiva ainda mais forte do que a do post sobre Minha Experiência Lésbica com a Solidão. Mas antes de falar sobre isso, quero comentar a ideia geral e a identidade visual por trás do post. Inicialmente a ideia era usar os prints como se fossem uma colagem em um quadro negro. Eis que então eu descubro que o PicsArt tem essa função que permite colocar várias imagens em uma só, e ainda croppear o fundo da imagem. Assim que descobri isso, já desisti imediatamente da ideia de fazer uma fotocolagem. Esse efeito do picsArt transformou os meus prints em fotografias espalhadas ao longo do texto. Eu amei isso num nível que não consigo expressar com palavras. Eu pensava em fazer esse compilado de cenas marcantes com outros animes também, mas esse de Tamayura ficou com uma identidade visual tão forte, que acho que vou deixar ele como um post individual, ao invés de transformar em uma série.
A parte cognitiva desse texto é bastante sutil. Nele eu vou comentando algumas das cenas que mais me marcaram. A primeira cena comentada é descrita bem detalhadamente. Conforme o texto vai passando, começo a descrever as cenas com cada vez menos detalhes. Chega em um ponto em que praticamente não dá pra saber exatamente qual cena está sendo referida. A minha ideia é fazer o leitor se acostumar em não precisar puxar pela memória pra poder relembrar a cena, e então, com as descrições vagas, isso o forçar a relembrar, sem ele perceber que isso está acontecendo. Essa é outra ideia que só pode ser aplicada porque isso é um blog. Uma coisa que eu tenho certeza sobre a proposta desse blog, é que quero usar o máximo de ideias possíveis pra transmitir uma experiência que não possa ser concedida em nenhuma outra ferramenta de criação de conteúdo que não seja a escrita.
E enfim, o post mais recente do blog, A Potte Dentro de um Potinho. Ah, esse post... Inventei algumas coisas neles que acabaram me limitando, mas no fim, ele ficou como deveria ser. Escrever é algo tão complicado que, até mesmo o tipo de narração que você vai escolher, é muito importante para o texto como um todo. Geralmente eu uso a narração em primeira pessoa, que nos livros seria algo como "narrador personagem". Esse tipo de narração é cômoda por deixar claro que são minhas opiniões, a minha visão da obra. No entanto, eu acho que, no fim de tudo, é o próprio post quem determina qual o melhor tipo de narração. Nesse texto sobre a maravilhosa da Potte, decidi usar a narração em terceira pessoa, também conhecida como narrador observador ou narração objetiva. É quando não aparece pronomes pessoais em primeira pessoa, como "eu", "meu", "minha". Esse tipo de escrita já é difícil por si só, mas no post da Potte, resolvi ir mais além disso. Entre todas as coisas que queria dizer sobre a Potte, eu escolhi fazer isso sem me referir à ela como uma personagem de uma história fictícia. Mesmo que você tenha lido o post completo, é provável que você não tenha reparado que palavras como "anime", "personagens" e até mesmo "Tamayura", não aparecem nenhuma vez durante o texto. Penso que essa foi realmente a melhor forma de escrever sobre essa personagem que amo tanto. A Potte é muito bem escrita, caracterizada e desenvolvida, então foi ótimo me referir à ela como se ela existisse. Sinceramente, esse é um dos textos que tenho mais apego. Mas essa forma de escrita também me limitou. Tenho muito mais a dizer sobre a Potte, mas muita coisa seria impossível sem poder dizer que ela é um personagem. Por exemplo, queria muito falar sobre como os monólogos dela são bem escritos, e como isso ajuda no desenvolvimento dela e no entendimento da mesma. Se eu falasse sobre os monólogos, iria ter que abandonar a ideia geral do post. Enfim, isso não é grande coisa. Ainda pretendo escrever muito mais sobre Tamayura. Talvez até mesmo escrever sobre cada um dos episódios, quando o blog for mais popular um pouco.
Na parte visual do post, usei algumas coisas novas também. Primeiro tem o "Animelancolia apresenta", que era algo que eu já queria ter usado antes. Assim como também já tem tempo que eu queria escrever o título do post na imagem de capa. Nesse eu usei em todas as imagens, embora minha habilidade de edição de imagens seja quase nula. Acho que a capa desse post merece um destaque:
Fico profundamente grato que essa cena exista no anime. É estranho dizer isso, mas o título desse post é uma das coisas que me fez querer escrever o texto. "A Potte Dentro de um Potinho" é um nome muito bom. Detalhe que o "um" começa com minúscula porque não é o numeral um. É o "um", no sentido de "qualquer um". Porque Potte poderia estar em diversos potinhos, considerando o quanto ela é amada. E sim, eu pensei nisso profundamente assim, mesmo sendo algo muito difícil de alguém perceber. E para um título tão diferente, seria de se esperar que existisse alguma dificuldade em conseguir uma capa pro post. E ai tem esse print que é tão perfeito, que até parece que foi feito em programa de edição de imagem. E não foi. Esse é um print de uma cena em que as meninas estão ajudando na pousada da família da Maon. Quando a Potte tá com um rodo esfregando o chão do banheiro, ela percebe essa bolha que se formou na banheira, isso faz ela ficar completamente agitada pra pegar a câmera e fotografar. O print é do exato momento em que ela fica admirando esse simples momento. A Potte é adorável demais, como diria a Anne Shirley. Acho que é minha capa favorita de todos os posts.
Ainda nesse post, tiveram várias capas que foram descartadas:
Curiosidades irrelevantes sobre o blog
Top 10 Posts com Mais Tempo de Leitura:
Esses são os 10 posts mais longos até agora. Esse sobre o mês em que Kana se casou, foi realmente muito extenso. O que passei mais tempo escrevendo, foi sobre a Opening de YagaKimi. Quase uma semana inteira pesquisando coisas, e mais uma semana escrevendo. O anime recordista, por enquanto é 5-toubun no Hanayome, com 55 minutos de leitura... por enquanto. O anime que provavelmente mais escreverei sobre, será YuYuYu, seguido por YagaKimi, mas certamente ainda terá muito mais sobre 5-toubun no Hanayome.
Favoritos
Em verde - Já tem texto (s) no blog.
Em amarelo - Pretendo escrever sobre.
Em vermelho - Não acho que consigo escrever sobre.
Eu tinha o plano secreto de escrever sobre todos os meus favoritos, mas não acho que isso seja possível. Escrevi sobre 9 deles, até agora. É importante ressaltar que, nesse blog, só quero escrever sobre o que eu gosto. Pra ser sincero, acho que já tem muito ódio sendo compartilhado na comunidade otaku. Teve uma vez que entrei no Twitter e me deparei com duas pessoas fazendo lista de personagens que eles mais odeiam. Ainda no mesmo dia, vi mais uma lista de "animes que todo mundo ama, mas eu odeio". Não entendo essa necessidade de externar sobre as coisas que odeiam. Tenho a impressão que ser polêmico é uma maneira bem mais fácil de conseguir público. Bem, se for assim, irei pelo caminho difícil, mesmo.
Ao longo desse texto, eu disse algumas vezes que escrever é difícil. Além disso, não tem nenhuma compensação financeira. Por que eu escrevo então? Ora, é porque é muito divertido! E também é necessário. Falta muita produção de conteúdo otaku no Brasil, ainda. Digo, eu poderia listar um monte de ótimos blogs e canais do YouTube, mas ainda não é suficiente. Precisa-se de mais pessoas escrevendo sobre todo tipo de coisa. Tem um monte de ótimas obras por ai que mal tem reviews escritas sequer. Também sinto uma certa falta de conteúdo focado em um único tema. Uma certa vez fui procurar algum blog ou canal focado apenas em mahou shoujo, pra pegar algumas recomendações, e simplesmente não encontrei nenhum. Mesmo existindo um público pra isso, a carência de conteúdo se fez presente. Bem, meu conteúdo é bem variado, mas espero que possa ajudar alguém. Ficaria feliz se isso acontecesse. Nesse primeiro ano, e também enquanto durar.
Texto escrito por: M, o Paladino Mascarado
Siga o blog no Twitter: @animelancolia
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